segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Eu, Tu, Nós


Escrevo-te num abraço apertado de quem sabe que não te tinha e agora não te quer perder. Os medos são maus conselheiros e embora haja quem os ache sensatos, a mim, parece-me apenas que nos impedem de viver. O nosso destino, a nossa história, a nossa vida também têm de ser escritos por nós.
Construímos muros, tu e eu, em tempos de guerra fria em que o mundo não nos sabia amar. Convencemo-nos que não precisávamos do outro, mas o que fazíamos era somente arranjarmos a desculpa para seguirmos sozinhos e não nos sentirmos pressionados a depender de alguém.
Mas, amar é bom. E a união a que nos entregámos é o sentimento mais sincero que já vivi. Já não sinto a loucura da paixão, nem o medo de te perder. Sinto cada minuto a dois com uma calma e uma certeza que julgava não existirem. E se julgas que a distância é traiçoeira, enganas-te. A proximidade fictícia é que o é.
Sei que a estrada não acaba já ali e que jamais será em linha recta. Sei que o tempo se encarregará de nos contar o fim da história.
E sei que não abdico de ser feliz ao teu lado, apenas e só, porque até agora o amor me atraiçoou.

1 comentário:

  1. "Eu nunca fui desde a infância semelhante aos outros. Nunca vi as coisas como os outros as viam. E nunca consegui apaziguar os meus desejos nas fontes comuns.
    Nunca tão pouco consegui nas paixões esquecer os meus sofrimentos.
    Nunca pude, em conjunto com outros, despertar o meu peito para as doces e comuns alegrias.
    E o que amei, meu Deus, amei sempre sozinho."

    Vivo contigo um Amor maior que o Tempo.

    Pedro Oliveira

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