A B é daquelas amigas que trago ao colo do coração, todos os dias. Já éramos amigas mas o tempo, ao passar, fez-nos unir energias e mágoas em histórias que se revêem. Gosto de lhe dizer que ela é a versão light e eu sou a versão heavy.
Durante as férias no Algarve, quando eu heroicamente "aguentava" duas crianças e tentava equilibrar o dia-a-dia da forma mais ligeira possível, ouvia-a dizer em momentos de crise: Eu, ter mais uma criança??? Credo! Só se estiver louca. Olha bem p'ra ti! E eu ria-me de braços abertos porque sei que a história dela não vai ficar por aqui.
Sei-o porque lhe conheço o tom de voz e nele percebo a vontade de chorar e de rir. E porque acredito que ela vai saber ser feliz outra vez.
A partilha entre nós é transparente, de um cristalino que fere a vista a quem passa mas que, às duas, enche de orgulho.
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